Resumo do relatório em áudio

produzido por Inteligência artificial

Carta das diretoras

Ao longo de 2024, o Instituto Igarapé reafirmou sua liderança em soluções para os desafios da segurança pública, digital e climática. Consolidou-se como interlocutor-chave em debates globais e expandiu suas ações em frentes como transição econômica verde e justa, redução de riscos territoriais para escalar soluções baseadas na natureza e ampliar o acesso a financiamento.

 

Inserimos nossas pautas em fóruns estratégicos, como Davos, COPs, ONU e G20, com foco em bioeconomia, financiamento climático e proteção da Amazônia. Seguimos conectando e informando tomadores de decisão de diversos setores, com base em evidências, para enfrentar crises interconectadas e posicionar o Brasil e o Sul Global como referências em estratégias inovadoras e pragmáticas.

 

Nesta versão resumida e interativa de nosso relatório anual – uma alternativa à tradicional versão completa em PDF – trazemos os destaques de nossa atuação.

 

Agradecemos aos parceiros e colaboradores que viabilizaram essas conquistas e renovamos nosso convite para que sigam conosco nessa jornada. O caminho à frente é desafiador, mas, com propósito e colaboração, podemos avançar.

Alguns marcos
importantes de 2024

Nas mesas globais
pelo futuro coletivo

A confluência entre as agendas de clima e biodiversidade marcou os principais eventos e encontros sobre cooperação internacional e multilateralismo dos quais o Igarapé participou em 2024. Do Fórum Econômico Mundial, em Davos – passando pelas COPs 16 e 29 e chegando ao G20 no Rio de Janeiro, consolidamos nosso papel como referência em governança global, sustentabilidade, segurança internacional e no enfrentamento ao ecossistema de crime ambientais. A sequência de contribuições incluiu presença no Conselho Executivo das Nações Unidas (CEB), em Nova York, com foco no crime organizado transnacional, e na Conferência da Sociedade Civil da ONU, em Nairóbi. Além disso, coorganizamos dois eventos na programação oficial dos Dias de Ação que precederam a Cúpula do Futuro e a assinatura do Pacto para o Futuro. Também acompanhamos de perto a inédita realização da reunião do G20 durante a Assembleia Geral da ONU, logo após a Cúpula. Em seguida, estivemos na Semana do Clima de Nova York, onde promovemos o evento “Green Bridge Facility – Ampliando Empreendimentos Verdes e o Impacto Social no Brasil e na Bacia Amazônica”, entre outros encontros estratégicos. Participamos ainda da London Climate Action Week e da COP16 Bio, realizada na Colômbia, e da COP 29, no Azerbaijão. No âmbito do G20, integramos o Secretariado do Conselho Consultivo Nacional do T20 e colideramos a força-tarefa sobre o fortalecimento do multilateralismo e da governança global. No J20, contribuímos com reflexões sobre litígio climático e desenvolvimento sustentável. Encerramos o ano acompanhando as agendas paralelas à Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro, e com presença de destaque no G20 Social, uma iniciativa inédita que abriu espaço para a participação ativa da sociedade civil na construção das políticas públicas discutidas pelas lideranças do grupo.

Enfrentamento
dos crimes ambientais
e crimes conexos

Em 2024, continuamos trabalhando para enfrentar os crimes ambientais e crimes conexos que tanto impactam a Bacia Amazônica e contribuem para as mudanças climáticas. Alguns dos destaques foram a publicação do terceiro estudo da série Siga o Dinheiro, Crimes Ambientais e Ilícitos Econômicos em Cadeias Produtivas na Amazônia Brasileira, do artigo estratégico Dinâmicas do ecossistema dos crimes ambientais na Amazônia Legal e o apoio técnico em dois grupos de trabalho à Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla), voltados às cadeias de suprimento de madeira e gado. Também realizamos diversas atividades de capacitação, com destaque para o curso “Combate à Lavagem de Dinheiro e à Corrupção em Crimes Ambientais” em parceria com a Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), o Ministério da Justiça e a Rede-Lab, com foco em  promotores ambientais. Além disso, fortalecemos o diálogo com o setor bancário, promovendo a disseminação do conhecimento produzido em fóruns estratégico, como o Comitê de Prevenção à Lavagem de Dinheiro da Febraban, a Conferência Nacional sobre Crimes Ambientais e Lavagem de Dinheiro promovida pela Caixa Econômica Federal e o 8º PLD Experience do Itaú – alcançando mais de 1.200 representantes dessas organizações.

Cooperação regional
pela floresta em pé

Aprofundar o diálogo e a formulação de estratégias voltadas à proteção da Bacia Amazônica é um passo essencial para o enfrentamento dos crimes ambientais que ameaçam a integridade da floresta e das populações que nela vivem. Com o objetivo de fortalecer a cooperação regional, a atuação coordenada e a troca de experiências, organizamos dois Encontros Regionais em 2024. O primeiro, em parceria com a Polícia Federal brasileira, reuniu autoridades dos países amazônicos para debater formas de aprimorar o combate aos crimes que impulsionam o desmatamento e comprometem o equilíbrio socioambiental da região, além de definir prioridades de ação conjunta. O segundo, em parceria com o Grupo de Ação Financeira da América Latina (Gafilat) , focou na troca de experiências sobre métodos eficazes de prevenção à lavagem de dinheiro vinculada a crimes ambientais. Também participamos do Encontro Binacional Brasil-Colômbia sobre Segurança e Desenvolvimento Social e Comunitário nas Fronteiras, realizado em Tabatinga (AM), na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, e do Encontro das Redes Latino-Americanas de Combate ao Crime Organizado Transnacional, em São Paulo. Fechamos o ano com um encontro em colaboração com o Wilton Park e o Foreign, Commonwealth & Development Office (FCDO), na Bolívia, reunindo autoridades governamentais, instituições regionais, representantes da sociedade civil e líderes do setor tecnológico para fomentar o diálogo, a colaboração e o desenvolvimento de soluções e ampliar estratégias regionais e nacionais inovadoras para o enfrentamento de crimes ambientais e os crimes convergentes na Amazônia, garantindo a proteção desse ecossistema vital para as futuras gerações.

Reduzindo riscos territoriais
e ampliando investimentos
responsáveis para uma
transição verde e justa

Nossa atuação voltada à transformação de ecossistemas de economias ilícitas em ecossistemas de empreendimentos verdes impulsionou articulações com lideranças e contribuições relevantes para o desenvolvimento de mecanismos inovadores de financiamento à proteção ambiental e ao desenvolvimento sustentável. Em 2024, avançamos na criação de uma metodologia de identificação e mitigação de riscos territoriais, bem como na produção de insumos técnicos, ações de advocacy e organização de eventos estratégicos, como o I Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas. Também atuamos no desenvolvimento e divulgação do Tropical Forests Forever Facility – um mecanismo inovador de pagamento por hectare de floresta preservado, anunciado pelo governo brasileiro na COP28 e com lançamento previsto para a COP30.

Em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), lançamos o relatório Reimaginando a Bioeconomia para a Amazônia, além de participarmos da na Semana de Sustentabilidade do BID Invest, em Manaus. Realizamos ainda um encontro estratégico no Bellagio Center, da Fundação Rockefeller, em parceria com o Instituto Arapyaú, reunindo 20 lideranças-chave da filantropia, sociedade civil, setor público, setor privado e instituições financeiras, para estruturar a Green Bridge Facility (GBF), iniciativa do Instituto Igarapé que visa reduzir riscos territoriais para destravar investimentos responsáveis e impulsionar empreendimentos verdes de alta integridade que se estabeleçam, permaneçam e prosperem no Brasil e na Bacia Amazônica.

Reconstruindo e fortalecendo
políticas de segurança

As iniciativas do Instituto Igarapé voltadas à promoção de políticas de segurança mais justas e eficazes tem como foco central a proteção das mulheres, a reintegração social de egressos do sistema prisional, o monitoramento de políticas de armas e munições e no fortalecimento de abordagens inovadoras para o enfrentamento da violência e do crime organizado. Ao longo de 2024, lançamos diversos estudos e guias, além de produzirmos e atualizarmos as plataformas Mulheres na Amazônia: Conflitos e Violências e  EVA – Evidências sobre Violências e Alternativas para Mulheres e Meninas, consolidando dados e ferramentas que embasam políticas públicas mais eficazes e sensíveis ao gênero.

 

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de descriminalizar o porte de até 40g de cannabis para uso pessoal foi celebrada como uma conquista na luta por políticas mais justas e reforçou o impacto e o legado do nosso trabalho sobre o tema. Também atualizamos o Monitor de Políticas de Drogas nas Américas, que oferece um panorama dos avanços e retrocessos na política de drogas em curso no continente e reforçamos a relevância do Monitor de Homicídios, reconhecido como uma das bases de dados mais completas sobre o tema no mundo, com mais de 320 mil acessos apenas em 2024. Outra contribuição significativa foi o lançamento de pesquisas e manuais que trazem orientações para aprimorar e qualificar políticas públicas de inclusão social de egressos do sistema prisional, um público historicamente marginalizado.

 

Firmamos ainda um acordo de cooperação com o Ministério da Justiça e Segurança Pública por meio da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e da Secretaria de Acesso à Justiça (Saju). A parceria fortalece o compartilhamento de dados e o monitoramento das dinâmicas de segurança pública, com especial atenção aos estados da Amazônia Legal, onde os desafios são agravados por pressões ambientais e sociais.

Fazendo frente
a ameaças digitais

No contexto da busca por um ambiente digital mais seguro e cidadão para todos, o Instituto Igarapé, em parceria com a New America, reuniu especialistas e defensores dos direitos humanos na Força-Tarefa Global em Análise Preditiva para Segurança e Desenvolvimento, e elaborou recomendações práticas para apoiar líderes e formuladores de políticas públicas do Sul Global no enfrentamento dos desafios relacionados à implementação, governança e segurança da Inteligência Artificial (IA). Além disso, publicamos recomendações sobre o tema no âmbito do T20 e tivemos a participação de Robert Muggah, cofundador e chefe de inovação do Igarapé, no painel “Um futuro digital para todos: A esperança digital”, realizado durante os Dias de Ação que precederam a Cúpula do G20.

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