Nossa História

A primeira publicação oficial do Instituto Igarapé, “Efeito Brasil – Especialistas civis brasileiros em países frágeis ou pós-conflito”, trata do papel do país nas operações de paz, e marca a nossa visão sobre a importância e o potencial brasileiro no enfrentamento dos principais desafios globais.

Durante as negociações do Tratado Sobre Comércio de Armas, o Igarapé desenvolveu o Mapa de Dados sobre Armas, a primeira ferramenta no mundo de visualização de compra e venda de armamento, em parceria com Google Ideas e PRIO-NISAT. O mapa foi visto por 5 milhões de pessoas.

O Igarapé, na secretaria da Comissão Global de Políticas sobre Drogas, formada por ex-chefes de governo, intelectuais e empresários, e dirigida pelo ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso, atuou na promoção e influência no debate global qualificado sobre o tema.

Na coordenação da Rede Pense Livre, reunindo jovens líderes brasileiros, formamos novas frentes na agenda do país para uma política de drogas mais justa, humana e eficaz.

Com o parceiros internacionais, desenvolvemos um app para monitorar atividades policiais via celular, adotado em diversos países e recomendado pela Human Rights Watch. Lançamos o Child Security Index (CSI), ferramenta para mapear como as crianças vivenciam a violência em bairros pobres.

Um novo tipo de think tank: com sede no Rio e parceiros no Brasil e vários outros países, trouxemos no DNA a inovação, atuando em segurança e desenvolvimento do Brasil para o mundo e trazendo lições de todo o mundo para o Brasil.

Em artigos publicados com parceiros, o Igarapé apresentou suas credenciais como think tank brasileiro ao reforçar a relevância do país na inovação e exportação de tecnologias sociais para países em vulnerabilidade socioeconômica. 

Atuamos na ampliação do debate sobre o papel do Brasil em temas como a reforma do Conselho de Segurança da ONU e a capacidade civil em operações de paz e missões políticas. Influenciamos na agenda de desenvolvimento pós-2015, aconselhando o Painel de Alto Nível da ONU.

Como parceiro da Open Empowerment Initiative (OEI), o Igarapé pesquisou como o ambiente digital interferiu nas ações dos cidadãos, no ano das grandes manifestações de rua no Brasil. Analisamos as mídias sociais e os impactos dos crimes digitais para a Organização dos Estados Americanos (OEA).

Conectamos experiências e gestores com os Diálogos de Segurança Cidadã, envolvendo Brasil, Colômbia, México e América Central. O mapeamento de 1.300 intervenções de segurança cidadã em 30 países latino-americanos foi a base de uma série de publicações sobre cidades frágeis.

O Igarapé foi a única instituição da América do Sul entre as dez vencedoras do prêmio Nova Era Digital, do Google, concedido a organizações que se destacam por usar tecnologia para combater desafios globais.

O Igarapé coordenou a pesquisa e a publicação do relatório da Comissão Global de Políticas sobre Drogas, que propôs cinco caminhos mais humanos e eficientes. Ilona Szabó, cofundadora do Instituto, falou sobre o tema no TED Global realizado no Rio.

A partir da publicação do estudo “Promover o gênero e consolidar a paz: a experiência brasileira”, influenciamos a agenda do governo brasileiro e fomos citados em discurso durante o debate aberto do Conselho de Segurança da ONU sobre Mulheres, Paz e Segurança.

Desenvolvemos nova logomarca e website, destacando nossa missão de fazer conexões entre múltiplas audiências e unindo o compromisso com o uso de novas tecnologias ao respeito às nossas raízes.

Lançamos o Observatório de Homicídios, com monitoramento das tendências de homicídios em mais de 200 países e territórios. Nos anos seguintes, a ferramenta evoluiu para se transformar na plataforma Monitor de Homicídios, a mais procurada em nosso site.

A nota técnica, coordenada e publicada pelo Igarapé, propondo critérios objetivos para a distinção entre traficantes e usuários de drogas, foi citada pelos ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes no histórico julgamento do STF sobre a descriminalização do porte de maconha.

Atuamos no engajamento do Brasil e de governos da América Latina e Caribe na Agenda 2030 e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Influenciamos a posição brasileira para a inclusão do ODS 16 – paz, justiça e redução de violência – no documento final.

O Igarapé, com o Fórum Econômico Mundial, a Universidade das Nações Unidas e a 100 Resilient Cities, desenvolveu um sistema de visualização de dados de 2.100 cidades ao redor do mundo acima de 250 mil habitantes. Foi lançada no TEDSummit, no Canadá, e em outros países.

Na primeira vez que os Jogos Olímpicos foram realizados na América do Sul, lançamos o Crime Radar, a primeira plataforma mundial de previsão de crimes aberta ao público, utilizando machine learning, a partir de uma base de dados de cinco anos da região metropolitana do Rio.

Com a Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, desenvolvemos e implementamos o ISPGeo, sistema de mapeamento e análise de crimes em tempo real. A ferramenta de georreferenciamento, que possibilita a identificação de manchas criminais, permanece uma referência.

Começamos o ano no Fórum Econômico Mundial, apresentando a plataforma interativa Earth Time, que monitora os riscos climáticos e humanitários globais, desenvolvida em parceria com a Carnegie Mellon University’s Create Lab.

Cofundadora do Igarapé, Ilona Szabó traçou o retrato ficcional de cinco personagens que representam o universo das drogas no livro “Drogas: as histórias que não te contaram”, escrito com Isabel Clemente. Foi lançado em um debate com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o médico Drauzio Varella.

Com o relatório “O Brasil e o Marco Civil da Internet – o estado da governança digital”, avançamos no debate, contribuindo para  a identificação de desafios emergentes a partir da nova legislação. Nosso trabalho foi mencionado na Estratégia Nacional de Segurança Cibernética – E-Ciber.

Lançada no Fórum Econômico Mundial em Buenos Aires, a campanha Instinto de Vida reuniu 60 organizações, em sete países da América Latina, com o objetivo de reduzir os homicídios em 50%, em 10 anos. No Brasil, foi liderada pelo Igarapé e resultou na criação da Frente Parlamentar pela Prevenção da Violência e Redução de Homicídios.

No Dia Mundial de Combate às Drogas, lançamos o Monitor de Políticas de Drogas nas Américas. A plataforma traz informações sobre o que os países do continente estão fazendo em suas legislações e políticas públicas, e uma perspectiva histórica das mudanças ocorridas.

A crise na área foi o centro da atuação do Igarapé dentro do tema. O livro “Segurança Pública para virar o jogo”, de Ilona Szabó e Melina Risso, trouxe propostas que o Igarapé desenvolveu em várias parcerias com governos estaduais e federal.

O festival “Para virar o jogo”, organizado pelo Igarapé com outras oito organizações no Circo Voador, no Rio, trouxe debates e apresentações de novos talentos musicais para mobilizar, informar e buscar soluções para a segurança pública.

O Igarapé ganhou pela primeira vez o prêmio de 100 Melhores ONGs do Brasil, do Instituto Doar, e também o de melhor organização de direitos humanos. Voltamos a ser premiados em 2019, 2021, 2022 e 2023.

Em respostas aos decretos federais para flexibilizar as leis regulatórias de armas de fogo, trabalhamos com líderes políticos e da sociedade civil para mostrar os riscos dessas medidas à segurança pública. Fomos amicus curiae em ações no STF e apoiamos a campanha Não Somos Alvo.

Para revelar o escopo e a escala da violência contra as mulheres, e melhorar a resposta dos poder público, lançamos, com a Uber, a plataforma EVA (Evidências sobre violências e alternativas para mulheres e meninas) – um repositório de dados para identificar padrões e tendências no Brasil, Colômbia e México.

Em nossa primeira conferência global do clima, a COP25, organizada pela ONU em Madri, apresentamos o relatório “Clima e segurança na América Latina e no Caribe: das evidências às soluções políticas”.

Em um ano em que a ciência e as instituições democráticas foram progressivamente ameaçadas, mapeamos a relação da pandemia de Covid-19 com temas como homicídios, prisões, violência contra mulheres, desmatamento e ameaças a populações indígenas.

O cofundador do Igarapé, Robert Muggah, e o professor Ian Goldin lançaram o livro “Terra incógnita: 100 mapas para sobreviver aos próximos 100 anos”,  em que mostram o impacto da humanidade no planeta e as formas pelas quais podemos salvá-lo com base em imagens do Earth Time.

Com o artigo estratégico “Crime ambiental na Bacia Amazônica: uma tipologia para pesquisa, política pública e ação”, iniciamos nossa linha de trabalho para aprimorar o mapeamento e enfrentamento a crimes ambientais.

Criamos o programa de Espaço Cívico, de engajamento da sociedade civil na proteção da democracia. Nossa presidente, Ilona Szabó, lançou o livro “Em defesa do espaço cívico”, e fizemos o podcast Você Pode Mudar o Mundo, trazendo lideranças cívicas de todo o Brasil. Virou série de TV, exibida pelo Canal Futura.

Lançamos a plataforma de dados EcoCrime, que reúne histórias, vídeos, informações e soluções para os crimes ambientais na Bacia Amazônica. A plataforma foi levada para o Paris Peace Forum e também para a COP26, em Glasgow. 

A partir de um esforço de sistematização de dados e informações sobre 104 iniciativas, 78 documentos e 10 setores, o Igarapé apresentou o Portal Brasileiro de Cibersegurança, um repositório colaborativo para um ambiente digital mais seguro.

Com a agenda “O espaço cívico é o nosso espaço”, lançamos uma campanha nacional, mobilizando 40 organizações da sociedade civil e 45 influenciadores com um chamado para retomar a construção democrática do país.

O Igarapé conduziu a consulta digital global para a elaboração da Nossa Agenda Comum, lançada pelo Secretário-Geral da ONU, António Guterres. Analisamos 523 propostas de 1.759 participantes em 147 países e o resumo do trabalho foi publicado no relatório “Acelerando a cooperação global inclusiva”.

O lançamento do estudo “O ecossistema do crime ambiental na Amazônia: uma análise das economias ilícitas da floresta” marcou a consolidação do nosso conceito, que traz a segurança das pessoas e das florestas na Amazônia para o centro do debate público e das prioridades dos tomadores de decisão de países da região.

A cofundadora do Igarapé, Ilona Szabó, foi a única latino-americana nomeada para o Conselho Consultivo de Alto Nível sobre Multilateralismo Eficaz (HLAB, em inglês), criado pelo secretário-geral da ONU para tornar a cooperação internacional mais eficaz e inclusiva.

O Igarapé subsidiou o STF, Congresso e imprensa com dados levantados na série de boletins Descontrole no Alvo. E fomos decisivos na criação da Frente Parlamentar pelo Controle de Armas e Munições, Pela Paz e Pela Vida. 

Em um processo eleitoral decisivo para a democracia, o Igarapé e o Instituto Sou da Paz apresentaram dez propostas aos candidatos à presidência na agenda “Segurança Pública é solução”. A visão de segurança multidimensional para a Amazônia brasileira foi levada ao governo de transição na agenda “Governar para não entregar”.

Levamos ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, uma plataforma de dados que dava o tom do nosso foco em segurança climática. Com mapas e gráficos interativos, e indicadores dos 772 municípios da Amazônia Legal, Amazônia in Loco aprofunda a visão sobre esses territórios.

O HLAB divulgou o relatório “Um ponto de inflexão para as pessoas e o planeta”, com propostas para uma governança global eficaz e inclusiva. Em setembro, nossa presidente, Ilona Szabó, esteve com o secretário-geral António Guterres na Semana de Alto Nível da ONU, em debate sobre o papel da sociedade civil no cumprimento dos ODS.

Inauguramos a série “Siga o Dinheiro”, que faz um levantamento pioneiro sobre as conexões entre a lavagem de dinheiro e os crimes ambientais na Bacia Amazônica. O incentivo à cooperação regional no combate a essas ilicitudes foi tema do Encontro Regional que realizamos com órgãos de segurança e justiça dos países da região.

Em um ranking de transparência de dados, “Que arma é essa?”, avaliamos a qualidade de informações – ou a sua falta – sobre armas de fogo, fornecidas pelas Polícias Militar, Civil e Técnico-Científicas das 27 unidades da federação brasileira.

Levamos nossos esforços por uma transição verde e justa para a Semana do Clima de NY. O Igarapé colaborou com o Plano de Transformação Ecológica do governo federal e promoveu um encontro do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com formuladores internacionais de políticas.

Durante a COP28, em Dubai, lançamos o boletim “Mecanismo internacional de financiamento para manter as florestas em pé”, e levamos em palestras e conversas o desafio: transformar o ecossistema de crimes ambientais em um ecossistema de empreendimentos verdes.

A prevenção e a redução da violência contra as mulheres amazônidas foram temas centrais, com o lançamento da  plataformas Mulheres na Amazônia: Conflitos e Violências, e do estudo “A Violência Contra Mulheres na Amazônia Legal nos Últimos Cinco Anos”.

Reunimos lideranças internacionais no Bellagio Center, na Itália, em parceria com o Instituto Arapyaú, para discutir redução de riscos e melhoria do ambiente de negócios, e fortalecer soluções baseadas na natureza na Amazônia. Foi o primeiro movimento da nossa plataforma Green Bridge Facility.

Em junho, celebramos um marco histórico com a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal pelo STF. Essa decisão, uma vitória da luta por políticas mais justas, foi embasada por uma Nota Técnica publicada pelo Igarapé em 2015 – citada em diversos votos durante o julgamento.

Como única organização brasileira a participar de todo o processo da iniciativa Nossa Agenda Comum, da ONU, que culminou na Cúpula do Futuro e no Pacto para o Futuro, o Igarapé marcou presença nos Dias de Ação e na própria conferência, que aconteceu em NY.

Durante a COP16, em Cali, o Igarapé liderou discussões fundamentais sobre mineração ilegal de ouro na Amazônia, erradicação de crimes ambientais, risco e resiliência territorial e financiamento da bioeconomia.

Em Baku, na COP29, apontamos as sinergias entre as agendas do G20 e das COPs em relação a investimentos responsáveis para a preservação da Amazônia e outros biomas. No inédito G20 Social, no Rio, lideramos a força-tarefa sobre multilateralismo e subsidiamos o grupo de incentivo à bioeconomia.

O Igarapé foi um dos organizadores da mesa-redonda de alto nível sobre crime organizado transnacional durante a 61ª Munich Security Conference. Com moderação do chefe de Inovação, Robert Muggah, participaram ministros de Estado e líderes de órgãos de segurança internacionais.

Na London Climate Action Week, a presidente do Instituto, Ilona Szabó, teve oportunidade de tratar de finanças globais e ação climática num evento com o Rei Charles III, da Grã- Bretanha. O Igarapé foi ainda a Bonn e Sevilha em encontros para impulsionar ações concretas contra a crise climática.

Trabalhar com a natureza, e não contra ela, é a chave para que países como o Brasil se tornem superpotências da biodiversidade. Com este recado, a presidente do Igarapé, Ilona Szabó, propôs um novo olhar sobre o valor da natureza em sua fala no TED Countdown, em Nairobi.