A Amazônia e as economias da natureza

Transformar o ecossistema dos crimes ambientais em um ecossistema de empreendimentos verdes têm sido um mantra do Igarapé. 

É essencial construir rapidamente uma economia sustentável e inclusiva na Amazônia. Isso não só vai melhorar as condições socioeconômicas de uma região carente de desenvolvimento como é chave para acelerar e sustentar a redução do desmatamento criminoso que vem destruindo a Bacia Amazônica. Também é crucial para as metas brasileiras e globais de emissão zero de carbono e de biodiversidade.

Empreender com alta integridade nas economias da natureza na Amazônia – que incluem o mercado de créditos de carbono e biodiversidade, a bioeconomia, a restauração ecológica e produtiva-regenerativa, e o turismo sustentável – é uma tarefa tão desafiadora quanto urgente e necessária.

A incerteza, a insegurança e a informalidade na região afetam tanto empreendedores quanto investidores, exacerbadas por questões fundiárias complexas e pela diversidade das várias Amazônias que coexistem em sua vasta geografia.

Assim como são vastas as oportunidades que abrangem múltiplos setores, impulsionando as chamadas soluções baseadas na natureza. O Brasil, sozinho, abriga quase 20% da biodiversidade mundial e um terço das florestas tropicais primárias, armazenando 37 bilhões de toneladas de carbono, com outras quatro bilhões de toneladas disponíveis para sequestro por meio da restauração florestal. A estimativa é que, com os investimentos e as ações adequadas, a bioeconomia pode injetar US$ 593 bilhões anuais no PIB brasileiro até 2050.

Superar as grandes questões da Amazônia exige uma abordagem coordenada e colaborativa entre múltiplos interessados, incluindo empreendedores, agentes públicos, investidores e, em especial, as comunidades locais – cuja inclusão nas novas cadeias produtivas é fundamental para a permanência dos empreendimentos de longo prazo.

O Igarapé atua para fortalecer as economias da natureza na Bacia Amazônica, com base na governança democrática e na proteção dos direitos das comunidades locais. Nosso foco é construir parcerias para promover políticas públicas e soluções que reconheçam o valor do capital natural, impulsionando o investimento na natureza como catalisador do desenvolvimento sustentável e da inclusão socioeconômica na região – e beneficiando não só suas populações, como o planeta.Saiba mais aqui sobre a iniciativa Green Bridge Facility, para incentivar empreendimentos verdes na Amazônia e outros biomas brasileiros.

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